Convento de Cristo
Mais um video que achei bastante interessante sobre a História de Tomar.
Mais um video que achei bastante interessante sobre a História de Tomar.
A Festa dos Tabuleiros é das mais antigas de Portugal inteiro, a sua origem encontra-se nas festas de colheitas à deusa Ceres. (Ceres era a Deusa das plantas que brotam, particularmente os grãos, e do amor maternal). A sua cristianização pode dever-se à Rainha Santa Isabel que lançou as bases do que seria a Congregação do Espírito Santo, isto é, um movimento solidário onde se juntavam ambos os ricos e os pobres, e onde era oferecida o excesso das colheitas deste ano. Isto acontecia no Domingo de Pentecostes, dia em que as línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos simbolizando a igualdade de todos perante Deus.
Esta Festa de «Acção de Graças» e de oferendas manteve as suas características inalteráveis até ao século XVII. Algumas das alterações que foram surgindo justificam-se no sentido de conferir uma maior grandiosidade a esta Festa.
A tradição continua e muitas das suas cerimónias como Cortejo do Mordomo (Onde desfilam os bois que depois serão mortos e cuja a carne será distribuída por todos), o Cortejo dos Tabuleiros, O Cortejo dos Rapazes (onde desfilam as crianças da cidade com tabuleiros.), existe ainda a bênção da festa.
Outras coisas que se mantêm iguais são os vestidos das raparigas, a forma do tabuleiro, e a Pêza (Ou a distribuição do pão, da carne e do vinho).
A principal característica da Festa dos Tabuleiros é o Desfile ou Procissão, com um número variável de tabuleiros, em que estão representadas as dezasseis freguesias do concelho. Esta procissão cheia de cor, brilho e emoção percorre as principais ruas da cidade, num percurso de cerca de 5 Km, por entre colchas pendentes nas janelas, milhares de visitantes nas ruas e uma chuva de pétalas é lançada sobre o Cortejo.
A Festa é do Tabuleiro que deve ter a altura da rapariga que o leva à cabeça, sendo constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas que partem de um cesto de vime ou verga e é rematado ao alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo.
Este é um pequeno vídeo editado por um amigo meu, Paulo Peixoto, que não por acaso, também é um dos maiores investigadores da História de Tomar. Achei engraçado partilha-lo. Espero que gostem!
Tendo em conta a altura do ano em que estamos, e a ocorrência da Feira de Santa Iria em Tomar, decidi que hoje iria contar a famosa lenda de Santa Iria e a razão pela qual ela é celebrada todos os anos.
Depois de terem expulso os Suevos, que tinham invadido o Império Romano, os Visigodos, tomaram posse da Península Ibérica. Quando a paz chegou ergueram-se os primeiros templos cristãos na margem esquerda do rio, onde ficava a cidade de Sellium.
Corria o ano de 651 e aproximava-se o 29 de Julho, dia dedicado a S. Pedro. Este, era o único dia em que as freiras saiam do Mosteiro em procissão para assistir a uma missa na, então, igreja de S. Pedro de Fins (actual cemitério de Santa Maria dos Olivais). Era também o único dia em que as pessoas de Sellium podiam admirar a extrema beleza de Iria, jovem que se dedicava totalmente a Deus e a vida religiosa.
Foi nesta ocasião que Britaldo se apaixonou por Iria, amor que era alimentado pelo próprio Diabo, segundo a lenda. Depois de tudo fazer para que Iria retribuísse a paixão, um esforço que se provou inútil, Britaldo ficou gravemente doente. Iria foi visita-lo, disse-lhe que o amava como um irmão, e que se ele a visse da mesma forma, lhe passaria a doença para que nenhum medico encontrava a cura. Britaldo respondeu:
Se deres a alguém o amor que me negas, eu ou alguém te matará