Convento de Cristo

Mais um video que achei bastante interessante sobre a História de Tomar.


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A Festa dos Tabuleiros

A Festa dos Tabuleiros é das mais antigas de Portugal inteiro, a sua origem encontra-se nas festas de colheitas à deusa Ceres. (Ceres era a Deusa das plantas que brotam, particularmente os grãos, e do amor maternal). A sua cristianização pode dever-se à Rainha Santa Isabel que lançou as bases do que seria a Congregação do Espírito Santo, isto é, um movimento solidário onde se juntavam ambos os ricos e os pobres, e onde era oferecida o excesso das colheitas deste ano. Isto acontecia no Domingo de Pentecostes, dia em que as línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos simbolizando a igualdade de todos perante Deus.

Esta Festa de «Acção de Graças» e de oferendas manteve as suas características inalteráveis até ao século XVII. Algumas das alterações que foram surgindo justificam-se no sentido de conferir uma maior grandiosidade a esta Festa.

A tradição continua e muitas das suas cerimónias como Cortejo do Mordomo (Onde desfilam os bois que depois serão mortos e cuja a carne será distribuída por todos), o Cortejo dos Tabuleiros, O Cortejo dos Rapazes (onde desfilam as crianças da cidade com tabuleiros.), existe ainda a bênção da festa.

Outras coisas que se mantêm iguais são os vestidos das raparigas, a forma do tabuleiro, e a Pêza (Ou a distribuição do pão, da carne e do vinho).

A principal característica da Festa dos Tabuleiros é o Desfile ou Procissão, com um número variável de tabuleiros, em que estão representadas as dezasseis freguesias do concelho. Esta procissão cheia de cor, brilho e emoção percorre as principais ruas da cidade, num percurso de cerca de 5 Km, por entre colchas pendentes nas janelas, milhares de visitantes nas ruas e uma chuva de pétalas é lançada sobre o Cortejo.

A Festa é do Tabuleiro que deve ter a altura da rapariga que o leva à cabeça, sendo constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas que partem de um cesto de vime ou verga e é rematado ao alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo.


A ultima Festa dos Tabuleiros ocorreu em Julho de 2011 e contou com a presença de mais de um milhão de espectadores de todo o mundo. A próxima festa irá realizar-se em 2015.

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Gruta DO Sangue na Mata dos Setes Montes

Este é um pequeno vídeo editado por um amigo meu, Paulo Peixoto, que não por acaso, também é um dos maiores investigadores da História de Tomar. Achei engraçado partilha-lo. Espero que gostem!

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A Judiaria



É de conhecimento comum, que durante a idade media, judeus eram perseguidos pela Europa fora, Portugal e Tomar não eram excepção. O judaísmo era fortemente criticado pelos cristãos, nomeadamente porque os judeus se tinham tornado grandes comerciantes que faziam empréstimos ao povo com juros.

Enquanto D. Henrique foi Governador da Ordem de Cristo, no século XV, o povo judaico deslocou-se para Tomar atraído pelo comercio. Mesmo assim, eram obrigados a morar todos na mesma rua, a Judiaria, e só podiam andar na cidade durante a noite. No entanto, tinham a liberdade de exercer qualquer profissão que desejassem. Tinham ainda a liberdade de exercer a sua religião, e tiveram, ainda, permissão para criar a sua própria sinagoga.

Durante o reinado de D. Manuel, chegaram noticias que os Reis de Castela andavam a perseguir e a expulsar os Judeus do seu reino, pois cada vez mais chegavam refugiados. Os Judeus de Portugal temiam o mesmo futuro.

Os piores dos receios chegaram, quando num acordo para casar com a Filha dos Reis de Castela, D. Manuel ordenou a expulsão do judeus portugueses. No entanto, o Rei tinha outras intenções. Mandou retirar todas as crianças com menos de 14 anos para fora do país onde seriam educadas como cristas. Depois reunindo os pais em Lisboa, prometia devolver os filhos se estes se convertessem ao Cristianismo. Assim, milhares de Judeus se tornaram Cristãos-Novos.

Cidadão de Tomar, Jorge Manuel foi vitima deste mesmo plano. Sendo roubado do primeiro filho, que tinha apenas meses, converteu-se e baptizou-se como cristão. Nesta altura a Inquisição, já estava em Portugal. Já de certa idade e comerciante de tecidos, Jorge Manuel tinha-se tornando dos homens mais ricos de Tomar. Assim, criou inveja entre os Cristãos-velhos, que perseguiram-no, acusando-lo de passear com outros Cristão-novos em sítios como a Ponte Velha e a Várzea Grande, sem Cristão-velhos para ouvirem a conversa.

Num dia de Junho de 1544, junto aos Estaus, Jorge Manuel foi morto na fogueira no segundo, dos dois autos-de-fé conhecidos em Tomar.

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Lenda de Santa Iria

Tendo em conta a altura do ano em que estamos, e a ocorrência da Feira de Santa Iria em Tomar, decidi que hoje iria contar a famosa lenda de Santa Iria e a razão pela qual ela é celebrada todos os anos.

Depois de terem expulso os Suevos, que tinham invadido o Império Romano, os Visigodos, tomaram posse da Península Ibérica. Quando a paz chegou ergueram-se os primeiros templos cristãos na margem esquerda do rio, onde ficava a cidade de Sellium.

Corria o ano de  651 e aproximava-se o 29 de Julho, dia dedicado a S. Pedro. Este, era o único dia em que as freiras saiam do Mosteiro em procissão para assistir a uma missa na, então, igreja de S. Pedro de Fins (actual cemitério de Santa Maria dos Olivais). Era também o único dia em que as pessoas de Sellium podiam admirar a extrema beleza de Iria, jovem que se dedicava totalmente a Deus e a vida religiosa.


Foi nesta ocasião que Britaldo se apaixonou por Iria, amor que era alimentado pelo próprio Diabo, segundo a lenda. Depois de tudo fazer para que Iria retribuísse a paixão, um esforço que se provou inútil, Britaldo ficou gravemente doente. Iria foi visita-lo, disse-lhe que o amava como um irmão, e que se ele a visse da mesma forma, lhe passaria a doença para que nenhum medico encontrava a cura. Britaldo respondeu:

 Se deres a alguém o amor que me negas, eu ou alguém te matará

Iria, volto em paz para o Mosteiro e Britaldo ficou bem, logo de seguida.

Mais tarde, Remigio, um monge contratado para ensinar Iria, deixou o seu comportamento respeitador e começou a declarar o seu amor pela jovem. Quando Iria o chamou à atenção, dizendo que o seu comportamento não era adequando para um homem que dedicava a vida a Deus, Remigio ficou furioso.

O Monge fingiu arrependimento e deu a beber a sua aluna, como chá, uma poção (Neste caso poção é usada no seu significado mais antigo de remédio ou um medicamento liquido destinado a ser bebido as colheres). Esta poção era feita de certas ervas e resultou no inchaço da barriga de Iria, como se esta estivesse gravida.

Remigio, ainda não satisfeito, espalhou a mentira dizendo que Iria não era tão fiel a Deus como transparecia, pois estava gravida!

Britaldo, louco de fúria chamou o seu criado e deu-lhe ordens que mata-se Iria, tal como a promessa que lhe tinha feito em tempos anteriores. Banao, criado de Britaldo, apercebeu-se que Iria saia todas as manhas para rezar junto  à margem do rio. De espada em punho foi aí  que a atacou no dia 20 de Outubro de 653. 

O corpo da virgem seguiu pelo Rio Nabão, correu o Zêzere, e passou para o Rio Tejo, parando frente a Santarém. Célio, tio de Iria, depois de muitas rezas teve um sonho com uma visão de tudo o que se tinha passado. Ao acordar mandou todos os religiosos e nobres seguirem-no pelo Tejo e parar frente a Santarém, aí, conta a lenda, que as águas do Tejo se abriram ate ao sitio onde se encontrava o corpo da Santa.

A procissão de Santa Iria, onde crianças e adultos mandam flores ao rio em honra da Santa,  é realizada todos os anos a 20 de Outubro, data em que foi morta e deitada, a Santa, ao rio Nabão.

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Inicia-se a Viagem



Bem Vindos ao Templário-Mania, blog que irá dar a conhecer um pouco da História de Tomar, a pequena cidade do centro.

A nossa viagem começa no dia 1 de Março de 1160, como está inscrito na lápide sobre a porta da torre de Menagem, no Castelo de Tomar.

Conta a lenda que D. Gualdim Pais, fundador da cidade, foi informado pelo besteiro (info: besteiro é o nome que se dá a um guerreiro que combate com uma bésta, uma arma formada por um arco montado numa coronha de madeira), que enquanto caçava encontrou um povoamento deserto. Gualdim Pais, curioso, visitou a velha povoação que era a cidade romana de Sellium, junto ao rio Nabão.

D. Gualdim Pais enviou assim três homens para decidir quais dos montes seriam melhor para construir um castelo. Das três vezes que os homens voltaram, todos eles escolheram o monte onde reside o Castelo actualmente. Escolhido o sitio, D. Gualdim Pais mandou os seus companheiros ao monte enquanto inspecionou as ruínas de Sellium.

Ao chegar perto do monte ouvi gritos dos seus companheiros que corriam atrás de um javali a chamar "Toma-lo, toma-lo", tentando apanha-lo. Quando, por fim, viu o javali já morto e perto de si, pensou que Tomar seria o nome da nova cidade, pois tinha um forte sentimento de conquista.

Esta história encontra-se em vários sítios, nomeadamente num documento que data de 1317, e na Igreja de S. João Baptista, onde a história é contada por imagens.

E assim nasceu uma cidade.

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